Segundo a teoria da evolução, os ancentrais do homem moderno (Homo sapiens sapiens) surgiram na África há milhões de anos. Chama-se de hominídeo esses ancestrais ou antepassados dos seres humanos.
Os pesquisadores dividiram os hominídeos em dois gêneros: o primeiro, mais antigo, são os Autralopithecus; o segundo, o gênero Homo. Cada gênero apresenta diversas espécies, como por exemplo: A. afarensis, A. africanus; H habilis, H. erectus, H. neanderthal e H. sapiens sapiens. Uma das formas de se distinguir as diversas espécies de hominídeos é observar o volume dos crânios dessas espécies. De maneira geral, os menores volumes de crânio referem-se a hominídeos mais remotos. Dessa forma qualquer espécie de Australopithecus terá um volume craniano menor que qualquer espécie do gênero Homo.
Os pesquisadores chamam de H. habilis, os hominídeos que desenvolveram a habilidade de usar e até mesmo produzir ferramentar com o uso das mãos; O H. erectus foi o primeiro hominídeo a ficar permanentemente de pé, e, acredita-se que tenha sido essa espécie que saiu da África para a Europa e a Ásia. O H. nenderthalensis ou de neanderthal tinha muita semelhança com a nossa espécie, embora o aspecto do seu rosto fosse distinto, com uma testa mais proeminente e o maxilar também. Nossa espécie que acabou prevalencendo sobre as demais, existe há cerca de 120 mil anos (embora existam estudos que recuem ainda mais esse período). Foi essa espécie que ocupou o continente americano há aproximadamente 20 ou 30 mil anos.
A teoria da evolução é entendida pelo senso comum de uma forma bastante equivocada. Primeiro, muitos creem que evoluir é melhorar, isto é, é sair de um estágio inferior e chegar num estágio superior. Outro equívoco é achar que evoluir é tornar-se mais complexo. Em biologia, o significado da evolução, como o descreveu o autor da teoria, Charles Darwin, é adaptar-se. Diz-se que uma espécie evoluiu quando ocorreram mutações nessa espécie que permitiram que essa espécie se adaptasse às novas condições ambientais. Sendo assim, o que explica que as diversas espécies de hominídeos tenham desaparecidos no seu longo processo evolutivo é fato delas não terem se adaptado, ao contrário da nossa espécie.
Pesquisadores, sobretudo arqueólogos, se deparam nas suas escavações de sítios arqueológicos, com materiais produzidos por grupos humanos que existiram há centenas ou milhares de anos. Todo esse material, como: ferramentas, utensílios, objetos etc, é que se denomina de cultura material.
No século XIX, os historiadores chamaram de Pré-história o período em que os grupos humanos não dominavam a técnica da escrita. Nessa época, a crença era de que esses grupos por não disporem de registros escritos não poderiam ter a sua história conhecida e, portanto, viviam "antes" da história. Desde a segunda metade do século XX, essa percepção mudou. Sabemos hoje que através da cultura material desses povos é possível reconstruir a história dos grupos humanos que não conheciam a escrita.
Divide-se a Pré-história em três longos períodos: o Paleolítico (Pedra Lascada); o Neolítico (Pedra Polida) e a Idade dos Metais.
Período paleolítico:
Esse perído que teve início com o aparecimentos dos primeiros hominídeos e se estende até 12000 anos, apresenta algumas características importantes, como por exemplo: uma economia caçadora e coletora, o que tornava esses grupos, nômades, ou seja, viviam se deslocando sempre em busca de caça de frutos e raízes para se alimentarem. Viviam em cavernas e não tinham noção de família. Suas ferramentas eram de pedra lascada e bastante rústicas.
A maior conquista desse período foi o domínio do fogo que foi decisivo para os grupos humanos que dominaram essa técnica. Com o fogo foi possível cozinhar alimentos, aquecer-se de frio, afungentar animais ferozes, iluminar as cavernas e, mais tarde, desenvolver a arte da cerâmica e da metalurgia.
Período Neolítico:
Esse período da Pré-História teve início há cerca de 12 mil anos foi até, aproximadamente, 5000 anos. Nesse período ocorreu a Revolução Neolítica, a partir da descoberta da agricultura e da criação de animais. A Revolução Neolítica permitiu que os grupos deixassem de ser nômades e se tornassem sedentários; permitiu a produção de excedente agrícola que depois poderiam ser comercializados. Garantiu uma fonte de alimentação além da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes.
Foi no período neolítico que os grupos humanos aprenderam a produzir vasos de cerâmica; passaram a viver em cabanas e a noção de família e propriedade começa a se formar.
Os primeiros núcleos urbanos e o as atividades de comércio estão associados a esse período e à Revolução Neolítica.
Idade dos Metais.
Com o domínio do fogo, alguns grupos humanos descobriram a técnica de fundir metais (a metalurgia) e começaram a substituir os objetos de pedra, madeira, ossos e cerâmica por objetos metálicos. O primeiro metal a ser fundido foi o cobre. Em seguida, descobriu-se que fundindo uma parte de cobre com outra de estanho, obtinha-se uma liga metálica que foi chamada de bronze. Por último foi descoberta a técnica de fundir o ferro.
Quando se descobre numa caverna uma pintura rupestre de 20 mil anos, o aluno curioso se pergunta: "20 mil anos antes de Cristo?" Pois é. Não! Quando uma data for antes de cristo, obrigatoriamente deve aparecer as siglas a. C (b C. em inglês). Quando essa siga não aparece, subtende-se que é "antes do presente" (AP), que se convencionou ser 1953. Dessa maneira, um vestígio que tenham 20 mil anos ou 30, ou até mesmo milhões de anos, se não vier especificado com as siglas a C, é porque é AP, entenderam?