domingo, 22 de março de 2009

Quem era estrangeiro na Grécia Antiga?


O conceito de estrangeiro (xenos) para os antigos gregos era um tanto diferente do nosso. Na antiga Hélade, estrangeiro era aquele que não havia nascido na cidade. Potanto, um espartano em Atenas, por exemplo, seria tão estrangeiro quanto um ateniense em Esparta, mesmo tendo um idioma e uma cultura comuns.

Diferente de Atenas, os espartanos rejeitavam os "xenos". Na cidade havia a prática da xenofobia e da xenelasia. Atenas, por sua vez, sobretudo no período clássico, atraiu para a Ática, gregos de outras partes da Grécia - portanto, estrangeiros para os padrões gregos - Comerciantes, filósofos, arquitetos, matemáticos, todos acorriam à Atenas que, por volta do século V a C, brilhava como a cidade mais rica e poderosa de toda à Hélade.

Apesar de ficar famosa por receber bem os "xenos", que eram tão numerosos na cidade que formavam um grupo social, os metecos, a democracia ateniense não lhes dava direitos políticos. Esses direitos eram exclusivos aos homens acima de 18 anos nascidos em Atenas e conhecidos como cidadãos. Mais tarde, sob Péricles, adquirir a cidadadnia ateniense ficou ainda mais difícil. Uma nova lei aprovada na Eclésia, determinava que além de homem adulto, o cidadão ateniense deveria ser filho de pai e mãe atenienses.


Os helenos também tinham um termo especial para os povos que não eram da civilização helênica: bárbaros. Quando no início do século V a C os persas tentaram invadir a Grécia Continental, os gregos se referiam aos persas como bárbaros.

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Um abaço.

sábado, 7 de março de 2009

a Grécia Antiga 2

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A partir do século VIII a C, já no período arcaico, ocorreu na Grécia um movimento de expansão conhecido como colonização grega. A escassez de terras cultiváeis devido ao crescimento demográfico obrigou muitos helenos a deixarem suas terras e fundar ao longo dos mares Mediterrâneo e Negro, várias colônias. Desse processo, também chamado de Segunda Diáspora Grega, duas regiões colonizadas pelos helenos se destacaram (veja o mapa): a Magna Grécia, no sul da península itálica, e as terras que circulam a região do mar Negro. A importância dessas regiões, deve-se, sobretudo, ao fato delas terem se tornado o celeiro da civilização helênica. Com terras bem mais férteis que as da Grécia, as colônias gregas fundadas nessas regiões, abasteciam as póleis com produtos agrícolas como o trigo e a cevada, além de outros cereais.

Essa expansão territorial ocorrida a partir do século VIII a C, contribuiu também para a difusão da cultura helênica.

OBSERVAÇÃO

As colônias gregas não tinham em relação às suas cidades-mãe, uma relação de dependência. Eram, portanto, livres e independente. O termo colônia, refere-se apenas ao fato de terem sido fundadas por gregos que deixaram suas terras em busca de novas áreas de ocupação, pelo motivos acima citados.

A Grécia Antiga

Clique no mapa para ampliar.

O mapa acima mostra o percurso seguido pelos exércitos persas, no século V a C, nas duas vezes em que esse império do oriente tentou conquistar a Grécia. Por enquanto, apenas nos interessa conhecer em mais detalhes o mapa da Grécia Antiga e algumas características físicas da região.

Aprendemos em sala que o que se chama de Grécia Antiga não corresponde exatamente ao país que hoje se chama Grécia.

Historiadores costumam dividir a antiga Hélade em três regiões: a Grécia Continental; a Grécia Insular (as ilhas) e a Grécia Asiática (o litoral da Ásia Menor)

Dentro da Grécia Continental, duas regiões se destacam: o Peloponeso, onde fica a região da Lacônia, ao sul - Esparta fica nessa região - e a península da Ática, com destaque para a cidade de Atenas.

Leiam abaixo uma bela descrição dessa região feita pelo historiador britânico Toyenbee em seu livro Helenismo.

" A paisagem da bacia do Egeu é complicada. Cadeias de montanhas interrompem as planícies, e colares de ilhas pontilham o mar(...) A estrutura e a localização da Bacia do Egeu deram-lhe três destacadas características físicas, que tiveram efeitos importantes na vida de seus habitantes.

Em primeiro lugar a bacia egéia proporciona excelentes comunicações marítimas. Era difícil viajar de uma planície a outra, através de uma íngreme e acidentada montanhas que as separavam. Muitas dessas planícies, porém, têm uma janela aberta para o grande mundo, graças ao fato de mergulharem no mar. (...)

O segundo efeito da estrutura da bacia do Egeu é o fato de proporcionar aos seus habitantes terra arável, de excelente qualidade, mas numa área rigidamente limitada. (...) A profundidade do solo é ali grande, e a superfície lisa. Mas quando essa superfície encontra a encosta das montanhas, o cultivo da terra cessa.

[ O terceiro] efeito da localização da bacia do Egeu é provocar variações sazonais extremas no clima. Situada como está na fronteira entre a Europa e a África, a região tem invernos europeus e verões africanos.

Essas características físicas da bacia do Egeu constituíram forças poderosas na história helênica."

ATENÇÃO - ESTUDE COM CUIDADO O MAPA ACIMA!