MODO DE PRODUÇÃO PRIMITIVO
Na teoria marxista as comunidades que viviam sob esse modo de produção caracterizavam-se por uma economia coletora e caçadora e pela inexistência de classes sociais. Não existia a propriedade privada dos meios de produção. O que era produzido era igualmente dividido entre os membros da comunidade.
Havia uma divisão do trabalho baseada no gênero, isto é: homens e mulheres exerciam funções distintas. Normalmente cabia aos homens o trabalho da caça, da metalurgia e o preparo do terreno nas comunidades que conheciam a agricultura. Às mulheres estava reservado o trabalho de coleta, do artesanato e do cultivo agrícola.
Vimos que a descoberta da agricultura no período neolítico provocou uma série de modificações nas relações dos grupos humanos com a natureza e entre si. Por isso, os historiadores denominam as transformações ocorridas a partir do desenvolvimento da agricultura de Revolução Neolítica. Uma dessas transformações foi o surgimento da propriedade privada; da especialização do trabalho e o aparecimento das classes sociais.
MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO.¹
O chamado modo de produção asiático ou sociedades hidráulicas caracteriza os primeiros Estados surgidos na Ásia Oriental, Índia, China e na região do Crescente Fértil. A agricultura, base da economia desses Estados, era praticada por comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de trabalho compulsório. Na verdade, esses camponeses (ou aldeões) tinham acesso à coletividade das terras de sua comunidade, ou seja, pelo fato de pertencerem a tal comunidade, eles tinham o direito e o dever de cultivar as terras desta.
Todas as comunidades deviam tributos e serviços ao Estado, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó que se apropriavam do excedente agrícola (produção que supera o consumo imediato), distribuindo-o entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros.
Esse Estado todo-poderoso - onde os reis ou imperadores eram considerados deuses - interferia diretamente no controle da produção. Nos períodos entre as safras, era comum o deslocamento de grandes levas de trabalhadores (servos e escravos) para a construção de imensas obras públicas, principalmente canais de irrigação e monumentos. Esse tipo de poder, também denominado despotismo oriental, marcado pela formação de grandes comunidades agrícolas e pela apropriação dos excedentes de produção, caracteriza a passagem das sociedades sem classes das primitivas comunidades da pré-história (modo de produção primitivo) para as sociedades de classes. Nestas, predominam a servidão entre explorados e exploradores, embora a propriedade privada ainda fosse pouco difundida.
Guardadas as particularidades históricas, pode-se afirmar que os primeiros Estados surgidos no Oriente Próximo (egípcios, babilônios, assírios, fenícios, hebreus, persas) também na América pré-colombiana nas sociedades incas e maias desenvolveram esse tipo de sociedade. Essas sociedades também podem ser consideradas sociedades hidráulicas, pois também dominaram técnicas de drenagem e utilização da força de rios para agricultura. Por fim, a servidão coletiva era o modo de pagamento para o rei ou faraó pela utilização de suas terras. Outro aspecto que marca o modo de produção "asiático" é a diferenciação social, onde sacerdotes, servos e reis possuem funções sociais diferentes.
1 – fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_de_produ%C3%A7%C3%A3o_asi%C3%A1tico