DORME RUAZINHA… É TUDO ESCURO!…
Dorme ruazinha… É tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos…
Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso perseguí-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão…
Dorme, ruazinha… Não há nada…
Só os meus passos… Mas tão leves são,
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…
Do livro: Antologia poética para a infância e a juventude, Ed. Henriqueta Lisboa, Rio de Janeiro, INL:1961.
Abaixo, uma valsinha brasileira - aqui interpretada pelo cantor Yamandu Costa - composta em 1940. A melodia é de Newton Teixeira e a letra de Jorge Faraj. Ouçam o que fazia sucesso no Brasil nessa época.
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