Entre os Reinos Romano-Germânicos foi o Reino dos Francos o que assumiu relativa primazia em relação aos demais, não só pela ligações mantidas com a Igreja, como também por ser o único a possuir maior estabilidade e aquele em que as instituições feudo-vassálicas apresentaram modelos clássicos.
Localizados inicialmente em terras da atual Bélgica, os francos haviam conservados suas crenças pagãs e seus hábitos guerreiros, mantidos vivos devido à maior proximidade com a Germânia. Compreendiam dois "ramos": os sálicos e os ripuários.
Clóvis, rei franco da dinastia merovíngia, deu início ao processo de unificação das tribos francas, o que originou o Reino dos Francos, em 481. Clóvis abandonou as práticas pagãs e converteu-e ao catolicismo em 496, fato que terá uma importância decisiva na história dos francos. A partir dessa conversão, Clóvis passa a ter o apoio da Igreja no combate a outros povos germânicos, como burgúndios e visigodos, que eram cristãos arianos - doutrina considerada herética pelo Concílio de Nicéia em 324 - conquistando assim a Gália (atual França), expandindo o território dos francos.
Outro importante rei franco foi Carlos Magno (768 - 814) , da dinastia carolíngia, responsável pela formação do que se convencionou chamar de Império Carolíngio. O reinado de Carlos Magno conseguiu, ainda que momentaneamente, conter o processo de descentralização política que se formava no Reino Franco após a morte de Clóvis.
A efêmera, mas importante centralização política empreendida por Carlos Magno, além das conquistas territoriais que compreendiam grande parte do antigo Império Romano do Ocidente, fez a Igreja sonhar com a possibilidade de reviver esse império. Na noite de Natal do ano 800, o Papa Leão III coroou Carlos Magno como Imperador do Novo Império Romano do Ocidente.
A importância desse rápido estágio de centralização política empreendida por Carlos Magno pode ser avaliada num fato: durante as Cruzadas - século XI ao XIII - os nobres europeus que partiam para combater na Terra Santa eram, sem distinção, denominados de francos.
No reinado de Luís, o Piedoso (814 - 841) , filho de Carlos Magno, o Império Carolíngio teve o seu processo de expansão territoral interrompido, privando-o, assim, das riquezas necessárias (terras por exemplo) para retribuir as prestações de serviços da nobreza sem reduzir o patrimônio familiar. A situação do império ficou ainda mais crítica com a Segunda Onda de Invasões Bárbaras nos séculos IX e X. Os normandos - chamados de Vikings - pelo norte; os muçulmanos pelo oeste e pelo sul e os magiares (húngaros) pelo leste começaram a invadir as terras do império, agravando a crise.
À morte de Luís, o piedoso, seguiu-se uma luta fratricida entre os filhos deste rei que sem um acordo para a sucessão do pai, assinaram, em843, o Tratado de Verdun, dividindo o Império Carolíngio entre si. A parte ocidental ficou para Carlos, o calvo; a parte oriental para Luís, o germânico; a parte central, chamada de Lotaríngia, para Lotário.
A divisão do império após o Tratado de Verdun e as investidas normandas, muçulmanas e húngaras, foram as causas do esfacelamento do Império Carolíngio e reforçaram algumas caracteríticas que marcariam o mundo feudal, como: a diminuição do poder real em relação aos grandes proprietários locais (descentralização política); o declínio do comércio, a ruralização e etc.
* O texto acima teve como referência bibliográfica o livro História das Sociedades. Das Comunidades Primitivas às Sociedades Medievais; paginas: 303 a 312
Clóvis, rei franco da dinastia merovíngia, deu início ao processo de unificação das tribos francas, o que originou o Reino dos Francos, em 481. Clóvis abandonou as práticas pagãs e converteu-e ao catolicismo em 496, fato que terá uma importância decisiva na história dos francos. A partir dessa conversão, Clóvis passa a ter o apoio da Igreja no combate a outros povos germânicos, como burgúndios e visigodos, que eram cristãos arianos - doutrina considerada herética pelo Concílio de Nicéia em 324 - conquistando assim a Gália (atual França), expandindo o território dos francos.
Outro importante rei franco foi Carlos Magno (768 - 814) , da dinastia carolíngia, responsável pela formação do que se convencionou chamar de Império Carolíngio. O reinado de Carlos Magno conseguiu, ainda que momentaneamente, conter o processo de descentralização política que se formava no Reino Franco após a morte de Clóvis.
A efêmera, mas importante centralização política empreendida por Carlos Magno, além das conquistas territoriais que compreendiam grande parte do antigo Império Romano do Ocidente, fez a Igreja sonhar com a possibilidade de reviver esse império. Na noite de Natal do ano 800, o Papa Leão III coroou Carlos Magno como Imperador do Novo Império Romano do Ocidente.
A importância desse rápido estágio de centralização política empreendida por Carlos Magno pode ser avaliada num fato: durante as Cruzadas - século XI ao XIII - os nobres europeus que partiam para combater na Terra Santa eram, sem distinção, denominados de francos.
No reinado de Luís, o Piedoso (814 - 841) , filho de Carlos Magno, o Império Carolíngio teve o seu processo de expansão territoral interrompido, privando-o, assim, das riquezas necessárias (terras por exemplo) para retribuir as prestações de serviços da nobreza sem reduzir o patrimônio familiar. A situação do império ficou ainda mais crítica com a Segunda Onda de Invasões Bárbaras nos séculos IX e X. Os normandos - chamados de Vikings - pelo norte; os muçulmanos pelo oeste e pelo sul e os magiares (húngaros) pelo leste começaram a invadir as terras do império, agravando a crise.
À morte de Luís, o piedoso, seguiu-se uma luta fratricida entre os filhos deste rei que sem um acordo para a sucessão do pai, assinaram, em843, o Tratado de Verdun, dividindo o Império Carolíngio entre si. A parte ocidental ficou para Carlos, o calvo; a parte oriental para Luís, o germânico; a parte central, chamada de Lotaríngia, para Lotário.
A divisão do império após o Tratado de Verdun e as investidas normandas, muçulmanas e húngaras, foram as causas do esfacelamento do Império Carolíngio e reforçaram algumas caracteríticas que marcariam o mundo feudal, como: a diminuição do poder real em relação aos grandes proprietários locais (descentralização política); o declínio do comércio, a ruralização e etc.
* O texto acima teve como referência bibliográfica o livro História das Sociedades. Das Comunidades Primitivas às Sociedades Medievais; paginas: 303 a 312