"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." Fernando Pessoa
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
AS GRANDES NAVEGAÇÕES
Assistam a estes dois vídeos que podem ajudá-los no Estudo Dirigido do cap 12.
Esclarecendo dúvidas
Lembre-se de que os reinos europeus, principalmente a França, não aceitaram a divisão que os reinos ibéricos fizeram do mundo com o Tratado de Tordesilhas. Para os reinos da França e da Inglaterra - que começaram mais tarde a Aventura Marítima - o Tratado não tinha valor algum; tanto que franceses e ingleses nunca o respeitaram.
Para responder a questão 10, o aluno deve lembrar que a missão oficial da esquadra comandada por Pedro Alves Cabral, em março de 1500, era chegar ao oriente contornando a África. A chegada à América, portanto, não constava nos planos oficiais. Em seguida, é preciso pesquisar sobre uma manobra náutica chamada “a volta do mar”. Um erro nessa manobra fez os navios se deslocarem mais para o oeste, alcançando terras do atual estado da Bahia.
A questão 13 é de entendimento do texto. Leia mais uma vez que você terá a certeza da resposta.
Bom estudo e boa prova!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
O discurso do Papa Urbano II
“Meus queridos irmãos, ungido pela necessidade, eu, Urbano, com a permissão de Deus o bispo chefe e prelado de todo o mundo, vim até esse lugar na qualidade de
embaixador, trazendo uma mensagem divina a todos os servos de Deus. (...)
embaixador, trazendo uma mensagem divina a todos os servos de Deus. (...)
Posto que vossos irmãos que vivem no Oriente requerem urgentemente as vossas ajudas, e vós deveis esmerar para prestar-lhes a assistência que a eles vem sendo prometida faz tanto tempo. Aí que, como sabeis todos, os Turcos e os árabes, os tens atacado e estão conquistando vastos territórios da terra de România (Império Bizantino), tanto no oeste como na costa do Mediterrâneo e em Helesponto, que é chamado o braço de São Jorge.
Estão ocupando cada vez mais e mais os territórios cristãos, e já venceram sete batalhas. Estão matando e capturando muitos, e destruindo as igrejas e devastando o império.
Se vós, impuramente, permitires que isso continue acontecendo, os fieis de Deus seguirão sendo atacados, cada vez com mais dureza. Em vista disso, eu, e não bastante, Deus, os designa como herdeiros de Cristo para anunciar em todas as partes e para convencer as pessoas de todas as gamas, os infantes e cavaleiros, para socorrer prontamente aqueles cristãos e destruir a essa raça vil que ocupa as terras de nossos irmãos. Digo isto para os presentes, mas também se aplica a aqueles ausentes. Mais ainda, Cristo mesmo os ordena.
Todos aqueles que morrerem pelo caminho, seja por mar ou por terra, em batalha contra os pagãos, serão absolvidos de todos seus pecados. Isso lhe é garantido por meio do poder com que Deus me investiu. Oh terrível desgraça se uma raça tão cruel e baixa, que adora demônios, conquistar a um povo que possui a fé de Deus onipotente e tem sido glorificado em nome de Cristo! Com quantas reprovações nos oprimiria o Senhor se não ajudarmos a aqueles, que como nós, professam a fé de Cristo! Façamos que aqueles que estão promovendo a guerra entre fieis marchem agora a combater contra os infiéis e conclua em vitória uma guerra que deveria ter se iniciado há muito tempo. Que aqueles que por muito tempo tem sido foragidos, que agora sejam cavaleiros. Que aqueles que estão pelejando com seus irmãos e parentes, que agora lutem de maneira apropriada contra os bárbaros. Que aqueles que estão servindo de mercenários por pequena quantia, ganhem agora a recompensa eterna. Que aqueles que hoje se malograram em corpo tanto como em alma, se disponham a lutar por uma honra em dobro.
Vejam! Neste lado estarão os que lamentam e os pobres, e neste outro, os ricos; neste lado, os inimigos do Senhor, e em outro, seus amigos. Que aqueles que decidam ir não adiem a viajem senão que produzam em suas terras e reúnam dinheiro para os gastos; e que, uma vez concluído o inverno e chegada à primavera, se ponham em marcha com Deus como guia.”
À proposta de alistamento, todos gritaram : "Deus vult! Deus vult!" ( Deus quer!)
Os cristãos ficaram convencidos da justiça de sua causa e decidiram pela guerra.
A partida foi então destinada para 15 de agosto de 1096.
A partida foi então destinada para 15 de agosto de 1096.
Proposta pelo Papa, para se distinguir o exercito, uma cruz vermelha deveria ser costurada à roupa. Diz Urbano II "...a conselho do espírito santo."
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Gabarito da prova objetiva de história II Trimestre
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domingo, 19 de junho de 2011
O Reino dos Francos
Entre os Reinos Romano-Germânicos foi o Reino dos Francos o que assumiu relativa primazia em relação aos demais, não só pela ligações mantidas com a Igreja, como também por ser o único a possuir maior estabilidade e aquele em que as instituições feudo-vassálicas apresentaram modelos clássicos.
Localizados inicialmente em terras da atual Bélgica, os francos haviam conservados suas crenças pagãs e seus hábitos guerreiros, mantidos vivos devido à maior proximidade com a Germânia. Compreendiam dois "ramos": os sálicos e os ripuários.
Clóvis, rei franco da dinastia merovíngia, deu início ao processo de unificação das tribos francas, o que originou o Reino dos Francos, em 481. Clóvis abandonou as práticas pagãs e converteu-e ao catolicismo em 496, fato que terá uma importância decisiva na história dos francos. A partir dessa conversão, Clóvis passa a ter o apoio da Igreja no combate a outros povos germânicos, como burgúndios e visigodos, que eram cristãos arianos - doutrina considerada herética pelo Concílio de Nicéia em 324 - conquistando assim a Gália (atual França), expandindo o território dos francos.
Outro importante rei franco foi Carlos Magno (768 - 814) , da dinastia carolíngia, responsável pela formação do que se convencionou chamar de Império Carolíngio. O reinado de Carlos Magno conseguiu, ainda que momentaneamente, conter o processo de descentralização política que se formava no Reino Franco após a morte de Clóvis.
A efêmera, mas importante centralização política empreendida por Carlos Magno, além das conquistas territoriais que compreendiam grande parte do antigo Império Romano do Ocidente, fez a Igreja sonhar com a possibilidade de reviver esse império. Na noite de Natal do ano 800, o Papa Leão III coroou Carlos Magno como Imperador do Novo Império Romano do Ocidente.
A importância desse rápido estágio de centralização política empreendida por Carlos Magno pode ser avaliada num fato: durante as Cruzadas - século XI ao XIII - os nobres europeus que partiam para combater na Terra Santa eram, sem distinção, denominados de francos.
No reinado de Luís, o Piedoso (814 - 841) , filho de Carlos Magno, o Império Carolíngio teve o seu processo de expansão territoral interrompido, privando-o, assim, das riquezas necessárias (terras por exemplo) para retribuir as prestações de serviços da nobreza sem reduzir o patrimônio familiar. A situação do império ficou ainda mais crítica com a Segunda Onda de Invasões Bárbaras nos séculos IX e X. Os normandos - chamados de Vikings - pelo norte; os muçulmanos pelo oeste e pelo sul e os magiares (húngaros) pelo leste começaram a invadir as terras do império, agravando a crise.
À morte de Luís, o piedoso, seguiu-se uma luta fratricida entre os filhos deste rei que sem um acordo para a sucessão do pai, assinaram, em843, o Tratado de Verdun, dividindo o Império Carolíngio entre si. A parte ocidental ficou para Carlos, o calvo; a parte oriental para Luís, o germânico; a parte central, chamada de Lotaríngia, para Lotário.
A divisão do império após o Tratado de Verdun e as investidas normandas, muçulmanas e húngaras, foram as causas do esfacelamento do Império Carolíngio e reforçaram algumas caracteríticas que marcariam o mundo feudal, como: a diminuição do poder real em relação aos grandes proprietários locais (descentralização política); o declínio do comércio, a ruralização e etc.
* O texto acima teve como referência bibliográfica o livro História das Sociedades. Das Comunidades Primitivas às Sociedades Medievais; paginas: 303 a 312
Clóvis, rei franco da dinastia merovíngia, deu início ao processo de unificação das tribos francas, o que originou o Reino dos Francos, em 481. Clóvis abandonou as práticas pagãs e converteu-e ao catolicismo em 496, fato que terá uma importância decisiva na história dos francos. A partir dessa conversão, Clóvis passa a ter o apoio da Igreja no combate a outros povos germânicos, como burgúndios e visigodos, que eram cristãos arianos - doutrina considerada herética pelo Concílio de Nicéia em 324 - conquistando assim a Gália (atual França), expandindo o território dos francos.
Outro importante rei franco foi Carlos Magno (768 - 814) , da dinastia carolíngia, responsável pela formação do que se convencionou chamar de Império Carolíngio. O reinado de Carlos Magno conseguiu, ainda que momentaneamente, conter o processo de descentralização política que se formava no Reino Franco após a morte de Clóvis.
A efêmera, mas importante centralização política empreendida por Carlos Magno, além das conquistas territoriais que compreendiam grande parte do antigo Império Romano do Ocidente, fez a Igreja sonhar com a possibilidade de reviver esse império. Na noite de Natal do ano 800, o Papa Leão III coroou Carlos Magno como Imperador do Novo Império Romano do Ocidente.
A importância desse rápido estágio de centralização política empreendida por Carlos Magno pode ser avaliada num fato: durante as Cruzadas - século XI ao XIII - os nobres europeus que partiam para combater na Terra Santa eram, sem distinção, denominados de francos.
No reinado de Luís, o Piedoso (814 - 841) , filho de Carlos Magno, o Império Carolíngio teve o seu processo de expansão territoral interrompido, privando-o, assim, das riquezas necessárias (terras por exemplo) para retribuir as prestações de serviços da nobreza sem reduzir o patrimônio familiar. A situação do império ficou ainda mais crítica com a Segunda Onda de Invasões Bárbaras nos séculos IX e X. Os normandos - chamados de Vikings - pelo norte; os muçulmanos pelo oeste e pelo sul e os magiares (húngaros) pelo leste começaram a invadir as terras do império, agravando a crise.
À morte de Luís, o piedoso, seguiu-se uma luta fratricida entre os filhos deste rei que sem um acordo para a sucessão do pai, assinaram, em843, o Tratado de Verdun, dividindo o Império Carolíngio entre si. A parte ocidental ficou para Carlos, o calvo; a parte oriental para Luís, o germânico; a parte central, chamada de Lotaríngia, para Lotário.
A divisão do império após o Tratado de Verdun e as investidas normandas, muçulmanas e húngaras, foram as causas do esfacelamento do Império Carolíngio e reforçaram algumas caracteríticas que marcariam o mundo feudal, como: a diminuição do poder real em relação aos grandes proprietários locais (descentralização política); o declínio do comércio, a ruralização e etc.
* O texto acima teve como referência bibliográfica o livro História das Sociedades. Das Comunidades Primitivas às Sociedades Medievais; paginas: 303 a 312
sábado, 16 de abril de 2011
GABARITO DA PROVA OBJETIVA 1° TRIMESTRE.
Abaixo, o gabarito da prova objetiva do primeiro trimestre. Qualquer dúvida em relação ao gabarito, reclame por aqui que terei a maior alegria em ouvir as queixas e os argumentos. Tentarei ser rápido na resposta às reclamações.
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domingo, 6 de março de 2011
Modo de Produção Primitivo e Modo de Produção Asiático
MODO DE PRODUÇÃO PRIMITIVO
Na teoria marxista as comunidades que viviam sob esse modo de produção caracterizavam-se por uma economia coletora e caçadora e pela inexistência de classes sociais. Não existia a propriedade privada dos meios de produção. O que era produzido era igualmente dividido entre os membros da comunidade.
Havia uma divisão do trabalho baseada no gênero, isto é: homens e mulheres exerciam funções distintas. Normalmente cabia aos homens o trabalho da caça, da metalurgia e o preparo do terreno nas comunidades que conheciam a agricultura. Às mulheres estava reservado o trabalho de coleta, do artesanato e do cultivo agrícola.
Vimos que a descoberta da agricultura no período neolítico provocou uma série de modificações nas relações dos grupos humanos com a natureza e entre si. Por isso, os historiadores denominam as transformações ocorridas a partir do desenvolvimento da agricultura de Revolução Neolítica. Uma dessas transformações foi o surgimento da propriedade privada; da especialização do trabalho e o aparecimento das classes sociais.
MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO.¹
O chamado modo de produção asiático ou sociedades hidráulicas caracteriza os primeiros Estados surgidos na Ásia Oriental, Índia, China e na região do Crescente Fértil. A agricultura, base da economia desses Estados, era praticada por comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de trabalho compulsório. Na verdade, esses camponeses (ou aldeões) tinham acesso à coletividade das terras de sua comunidade, ou seja, pelo fato de pertencerem a tal comunidade, eles tinham o direito e o dever de cultivar as terras desta.
Todas as comunidades deviam tributos e serviços ao Estado, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó que se apropriavam do excedente agrícola (produção que supera o consumo imediato), distribuindo-o entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros.
Esse Estado todo-poderoso - onde os reis ou imperadores eram considerados deuses - interferia diretamente no controle da produção. Nos períodos entre as safras, era comum o deslocamento de grandes levas de trabalhadores (servos e escravos) para a construção de imensas obras públicas, principalmente canais de irrigação e monumentos. Esse tipo de poder, também denominado despotismo oriental, marcado pela formação de grandes comunidades agrícolas e pela apropriação dos excedentes de produção, caracteriza a passagem das sociedades sem classes das primitivas comunidades da pré-história (modo de produção primitivo) para as sociedades de classes. Nestas, predominam a servidão entre explorados e exploradores, embora a propriedade privada ainda fosse pouco difundida.
Guardadas as particularidades históricas, pode-se afirmar que os primeiros Estados surgidos no Oriente Próximo (egípcios, babilônios, assírios, fenícios, hebreus, persas) também na América pré-colombiana nas sociedades incas e maias desenvolveram esse tipo de sociedade. Essas sociedades também podem ser consideradas sociedades hidráulicas, pois também dominaram técnicas de drenagem e utilização da força de rios para agricultura. Por fim, a servidão coletiva era o modo de pagamento para o rei ou faraó pela utilização de suas terras. Outro aspecto que marca o modo de produção "asiático" é a diferenciação social, onde sacerdotes, servos e reis possuem funções sociais diferentes.
1 – fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_de_produ%C3%A7%C3%A3o_asi%C3%A1tico
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