quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vejam as respostas

Meus queridos,

Antes de tudo, quero agradecer a preciosa participação de vocês. O esforço de procurar as respostas certas, a coragem de se expor e a busca legítima por notas melhores são atitudes que merecem a mais profunda admiração e o mais sincero respeito do professor de vocês.

Confiram, abaixo, as respostas. Se vocês acertaram TODAS as questões, por favor, cobrem de mim o seu prêmio.

  • Explique o erro dessa afirmativa: “Foi na Era dos Imperadores que o império romano foi construído”
  • Por que o sistema político romano mudou no final do século I a C (27 a C)


O império romano começou a ser construído ainda no regime republicano, principalmente depois da vitória romana nas Guerras Púnicas. Coube a Otávio a conquista do Egito e a Trajano, no século II, a conquista da Bretanha. As demais áreas foram incorporadas ao império ainda na fase da república.


O regime republicano em Roma criado em 506 a C, passou, no século II a C, por uma profunda crise. As instituições da República romana não funcionavam a contento e as leis eram desrespeitas. Além disso, a cupidez dos senadores, que perderam o prestígio diante do povo; a ambição dos generais; a difícil situação de milhares de plebeus que, sem emprego ou terras para trabalhar, rumaram para Roma em busca de uma vida melhor levando o caos para a cidade, agravaram o quadro de crise do regime republicano.


Guerras civis e revoltas sociais marcaram o século I a C, levando o império a uma época de anarquia que só acabou quando Otávio assumiu o poder em Roma dando início à Era dos Imperadores.


  • Explique por que Constantino decidiu construir uma nova capital para o império romano em 330 da era cristã, escolhendo o oriente para a sede dessa nova capital.
  • Explique por que o império romano do oriente ficou conhecido como império bizantino.


Constantino foi um dos imperadores reformadores e chegou ao poder no século IV da era cristã, portanto, no momento de crise do império. Há muito tempo a parte ocidental do império dava sinais claros de fragilidade. A decisão de construir uma nova capital no oriente teve um aspecto estratégico e político: havia a necessidade de se criar uma cidade que atendesse às necessidades logísticas do exército romano, algo que o fragilizado ocidente não mais garantia. O aspecto político era se criar uma capital que recuperasse o prestígio do império romano, abalado pela crise que se abatia sobre o ocidente. A cidade, fundada em 330, chamou-se Nova Roma, mas após a morte de Constantino, passou a ser chamada de Constantinopla. Hoje se chama Istambul, uma das cidades mais importantes da Turquia.


O império romano do oriente passou a ser conhecido como império bizantino. As razões para esse fato são duas: a primeira, mais conhecida, deve-se ao fato de Constantinopla ter sido erguida na mesma região onde no passado fora erguida uma colônia grega de nome Bizâncio. A outra razão deve-se ao fato de que o império Romano do Oriente foi se tornando mais grego que latino. No século VIII, por exemplo, o idioma do império passou a ser o grego, não mais o latim. Como o império passou a ser mais grego que latino, os historiadores consideraram mais adequado chamá-lo de bizantino que de romano.


· As setas indicam a invasão dos diversos povos bárbaros entre os séculos IV e V. Para qual das parte dos império romano a maioria se dirige? Por quê?

· Pode-se atribuir apenas à invasão desses povos a queda de Roma? Explique.

· Defina ruralização e como as invasões bárbaras se relacionam com ela?


Os povos bárbaros começaram a pressionar as fronteiras do império no século IV. Muitos desses povos fugiam da fome e procuravam terras no império. Também fugiam de outros povos bárbaros, como os hunos (que não eram germânicos). Assim, no início do século V, uma grande leva de povos desesperados e belicosos começou a ameaçar a parte ocidental do império romano, mais enfraquecida que a parte oriental.


Atribuir apenas às invasões bárbaras à queda do império romano do ocidente é ignorar a profunda crise que o império passava desde o século III. A crise do escravismo, a perda de autoridade do imperador e a crise econômica debilitaram o império, sobretudo a parte ocidental, que, em 476, segundo a tradição, chegou ao fim.


A insegurança causada pela onda de invasões bárbaras no século V obrigou muitas pessoas a abandonarem as cidades. Além disso, o declínio do comércio e do emprego fez muitos romanos procurarem no campo um meio alternativo de subsistência. O abandono das cidades por causa do clima de insegurança e o declínio do comércio foram causas do processo de ruralização, uma das marcas do período medieval.


  • O que aconteceu à parte ocidental do império romano após a invasão dos bárbaros?
  • Para onde se dirigiram os anglos, os jutos e os saxões?
  • Que povos bárbaros se estabeleceram na península ibérica? E na atual França?
  • Qual a área de ocupação dos Vândalos?
  • Odoacro era rei de qual povo? Que parte do ocidente europeu ele ocupou?


A parte ocidental do império romano sucumbiu às invasões bárbaras. Em seu lugar formaram-se os Reinos Bárbaros, de duração variável, mas geralmente, curta; exceção feita aos francos que criaram o mais poderoso e duradouro reino bárbaro da Europa ocidental.


O mapa deixa claro que os jutos, os anglos e os saxões se deslocaram para o norte da Europa onde hoje ficam a Dinamarca e a Inglaterra.


A península ibérica foi ocupada por visigodos e suevos. A França, por sua vez, foi ocupada por burgúndios, alamanos, visigodos e, claro, pelos francos.


Os vândalos, depois de uma rápida passagem pela península ibérica, estabeleceram-se no norte da África e também ocuparam parte da Sicília, no sul da península itálica, além das ilhas da Sardenha e da Córsega.


Odoacro foi o chefe bárbaro de um povo germânico conhecido como Hérulos. Foram eles que em 476 da era cristã saquearam Roma e destruíram a cidade. Fato que, segundo a tradição, encerra a história do império romano do ocidente. O reino de Odoacro não dura muito tempo. Pouco tempo depois, Alarico, chefe dos ostrogodos, toma a cidade e funda na península Itálica o reino bárbaro dos ostrogodos.

domingo, 21 de junho de 2009

A QUEDA DE ROMA

Abaixo a primeira parte do vídeo sobre a Queda de Roma, atacada pelos godos em 410 da era cristã. Quem tiver interesse pode assitir ao documentário na íntegra, basta acessar os links disponíveis no post.



Vídeo 2

vídeo 3

vídeo 4

vídeo 5

vídeo 6

vídeo 7

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Os Imperadores Reformadores

Roma ficou tão grande que não pôde se sustentar. Essa frase resume bem uma das razões para a decadência de um império poderoso e que se pretendia eterno. Ainda na época de apogeu, período do imperador Otávio, o augusto, o poeta Virgílio dizia: “Outros talvez, não tu, saberão, acredito, dar melhor vida ao bronze e tirar do mármore vívidas figuras; outros saberão melhor defender causas, melhor descrever movimentos dos céus e a rota dos astros. Mas, tu, romano, lembra-te que nasceste para impor tuas leis ao Universo. Teu destino é ditar tuas condições de paz, poupar os vencidos e domar os soberbos”. Contudo, esse império caiu.

Antes da queda, porém, imperadores tentaram, cada um a seu modo, salvar o império. São os chamados imperadores reformadores. Entre eles, destacam-se:

DIOCLECIANO (284 – 305)

• Criou a Tetrarquia – Dividiu administrativamente o império em duas partes: a oriental e a ocidental. Cada parte teria um imperador, chamado augusto e cada augusto nomearia um sucessor, chamado césar. Assim o império passava a ser governado por 4 pessoas. Diocleciano entendia que um império tão vasto não poderia ser governado por uma só pessoa.

• Reformou o exército – Com a pressão dos bárbaros, Diocleciano entregou terras nas fronteiras do império para esses povos, que em troca, deveria guardar as fronteiras do império romano, assim, admitindo bárbaros no exército romano.

• Congelou preços – Para vencer a inflação, Diocleciano determinou o tabelamento dos preços e fez uma reforma monetária, contudo, essas medidas não resolveram a crise econômica do império.

• Determinou a fixação do homem na terra. Essa medida impedia que colonos e pequenos agricultores abandonassem as terras em que trabalhavam. Foi mais um passo para o regime de trabalho servil.

CONSTANTINO (313 -337)

• Pôs fim à Tetrarquia, criada por Diocleciano, voltando o império a ter um único governante.

• Fundou no oriente uma nova capital que após sua morte será chamada de Constantinopla.

• Criou o édito de Milão, em 313, que pôs fim à perseguição dos cristãos no império romano.

TEODÓSIO (378 – 395)

• Criou o édito de Tessalônica, onde a religião cristã passou a ser a única, isto é, transformou-se em religião oficial do império romano e o imperador seu chefe supremo.

• Dividiu o império romano em duas partes: Império romano do ocidente, cujas capitais eram Milão e Ravena; Império Romano do oriente, cuja capital era Constantinopla.


Quando se fala em decadência do império romano, fala-se principalmente da parte ocidental do império que corresponde atualmente a Europa ocidental e o norte da África. A parte oriental não sofreu os mesmos efeitos da crise do século III e por isso, conseguiu sobreviver até o século XV, ou seja, 1000 anos a mais que a parte ocidental, que sucumbiu diante das invasões bárbaras.

Os povos germânicos (bárbaros) que invadiram a parte ocidental do império formaram diversos reinos (veja o mapa neste resumo) cuja duração variou. O reino bárbaro mais duradouro e decisivo para a Europa Medieval, foi o reino dos francos.

O LEGADO CULTURAL DOS ROMANOS

A cultura romana deve muito à cultura grega, mais especificamente, à cultura helenística. Muitos deuses do panteão romano são deuses gregos, rebatizados. Contudo, a cultura grega apresenta algumas originalidades, entre elas podemos citar:

A arquitetura – Diferente dos gregos, os romanos faziam prédios suntuosos e buscavam em suas obras arquitetônicas uma utilidade. Assim as obras romanas em arquiteura que receberam destaque foram: as estradas, como a Via Ápia; os aquedutos, os anfiteatros públicos, como o coliseu e prédios públicos, como o Fórum.

Na literatura, destacaram poetas, como Virgílio e Ovídio; autores de comédia, como Plauto e historiadores como Tito Lívio e Políbio. Cícero, excelente orador deixou importantes obras sobre Direito e Política. Na Filosofia, muitos romanos foram da escola epicurista e estóica. Um pouco mais tarde, Plotino foi um expoente do neoplatonismo.

O grande lagado dos romanos, contudo, foi o Direito. Em Roma existia três conceitos de Leis jurídicas.

• Jus naturale – Direito natural
• Jus gentes – Direito das gentes
• Jus Civile – Direito Civil

TRABALHANDO COM MAPAS

Se você der um clic nas imagens elas serão ampliadas.

Responda as questões propostas na área de comentários. Quem as responder corretamente terá bônus na nota final da prova discursiva.

O prazo máximo para o envio das respostas será domingo, às 22:00 horas.

EXTENSÃO MÁXIMA DO IMPÉRIO ROMANO.



  • Explique o erro dessa afirmativa: “Foi na Era dos Imperadores que o império romano foi construído”

  • Por que o sistema político romano mudou no final do século I a C (27 a C)

A DIVISÃO DO IMPÉRIO ROMANO.

  • Explique por que Constantino decidiu construir uma nova capital para o império romano em 330 da era cristã, escolhendo o oriente para a sede dessa nova capital.
  • Explique por que o império romano do oriente ficou conhecido como império bizantino.



AS INVASÕES BÁRBARAS


· As setas indicam a invasão dos diversos povos bárbaros entre os séculos IV e V. Para qual das parte

dos império romano a maioria se dirige? Por quê?


· Pode-se atribuir apenas à invasão desses povos a queda de Roma? Explique.


· Defina ruralização e como as invasões bárbaras se relacionam com ela?


OS REINOS BÁRBAROS



  • O que aconteceu à parte ocidental do império romano após a invasão dos bárbaros?

  • Para onde se dirigiram os anglos, os jutos e os saxões?

  • Que povos bárbaros se estabeleceram na península ibérica? E na atual França?

  • Qual a área de ocupação dos Vândalos?

  • Odoacro era rei de qual povo? Que parte do ocidente europeu ele ocupou?